Aluno da UFCG desenvolve Educação Musical com autistas no município de Areia
Objetivo é compreender o processo de musicalização na perspectiva da inclusão por meio de práticas pedagógicas adaptadas ao público
Não é novidade que a música, além de arte, é um exercício terapêutico. Pensando nisso, um estudante do curso licenciatura em Música da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) realizou um trabalho que promoveu o atendimento em Educação Musical na perspectiva da inclusão junto a alunos autistas de centros educacionais do município de Areia, localizado no Brejo Paraibano. O objetivo é compreender o processo de musicalização por meio de práticas pedagógicas adaptadas ao público-alvo.
Intitulado Educação musical na perspectiva da inclusão de educandos com autismo no Município de Areia PB: Caminhos e Possibilidadades, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) desenvolvido pelo aluno Eduardo dos Santos Diniz, sob a orientação da professora Marisa Nóbrega Rodrigues, é o primeiro do gênero realizado no município. Durante os meses de março e maio, foram realizadas aulas virtuais e presenciais em três escolas de Areia, utilizando instrumentos musicais alternativos e objetos do cotidiano das crianças com autismo. A ideia é auxiliar no aprendizado de conceitos da linguagem musical, aproximando as crianças da paisagem sonora do ambiente em que vivem.
“Utilizamos instrumentos como violão, flautas confeccionadas com cano de PVC, ganzás, bolinhas de gude, abajur, folhas de papel, tambor pequeno, colher, copo de plástico, entre outros. Também realizamos entrevistas com os professores e gestores das instituições para identificar os principais desafios relativos ao ensino-aprendizagem de música entre os discentes com autismo”, explicou o autor do TCC, Eduardo dos Santos.
Os resultados apontam que as aulas de música oportunizam momentos ricos e valiosos de arte e integração. “Foi possível notar que as crianças participaram das aulas de maneira ativa e participativa, realizando movimentos corporais, cantando junto ao professor e interagindo quando solicitadas. Observamos também que os sorrisos abertos das crianças confirmam o sentido positivo das atividades musicais aplicadas”, finaliza Eduardo, que tem interesse em levar a pesquisa adiante em uma pós-graduação na área.
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